Meu Mecânico
Cultura Empreendedora Ceilândia / DFA experiência traumática motivou a empresária a estudar sobre o funcionamento de veículos, e o interesse acabou transformado em um negócio. Com o Sebrae, ela aprendeu sobre gestão e marketing e assim expandiu os serviços e o faturamento da empresa.
Empreendedorismo femininoO Sebrae deu visibilidade ao meu negócio, me ajudou a fazer o controle financeiro, a cuidar do marketing e da administração em geral da oficina.
A bancária Agda Óliver estava feliz com seu carro novo até que precisou levá-lo para uma revisão em Brasília (DF). Como não entendia de mecânica, foi enganada na oficina e teve de pagar por diversos serviços e peças desnecessárias. Revoltada, começou a estudar o tema para não ser lesada novamente.
Como também já tinha vontade de abrir um negócio, teve a ideia de montar uma oficina mecânica voltada para mulheres, garantindo que elas pudessem procurar os serviços com a tranquilidade de não serem enganadas. A ideia inicial era que os funcionários fossem todos mulheres, mas ela não conseguiu encontrar profissionais suficientes no mercado. Ainda assim, inaugurou a oficina Meu Mecânico, em 2010, mantendo a ideia de ser focada no público feminino.
Eu também queria ensinar as mulheres a cuidarem do carro delas, para que elas entendessem mais sobre o assunto. Queria que fosse um lugar com transparência, comodidade, honestidade. E onde elas pudessem tirar as dúvidas sem serem taxadas de bobas.
Antes da inauguração, Agda procurou o Sebrae e apresentou sua ideia. Ela diz que seu projeto foi muito bem recebido e logo foi orientada a fazer os cursos sobre gestão. Participou de todas as capacitações disponíveis, tanto online quanto presenciais, e em seguida do Empretec. Paralelamente, seguiu as orientações de fazer pesquisa de mercado e um plano de negócios para seu empreendimento.
Com a oficina já em funcionamento, a parceria com o Sebrae continuou e se fortaleceu. Após fazer um curso de inovação, a empresária criou o TPM – Terça Para Mulheres, um evento semanal em que convidava clientes para ir à oficina, onde contavam também com serviços de manicure, palestras sobre mecânica, além de descontos especiais.
Hoje, após dez anos, a oficina cresceu de dois para sete funcionários, o número de clientes sempre aumentando. Ao todo, 70% dos clientes são mulheres. Agda diz que a oficina também tem grande apelo com o público LGBT.
Para o futuro próximo, a empresária planeja trabalhar na abertura de franquias de sua oficina e fortalecer sua carreira de palestrante, cujas portas também foram abertas pelo Sebrae, quando ganhou o Prêmio Sebrae Mulher de Negócio. Um dos seus maiores desejos é abrir uma escola de mecânica para mulheres.