Grifa
Inovação & Tecnologia Goiânia / GOGrifa, empresa incubada na Universidade Federal de Goiás, usa plataforma digital para destinar doações a instituições sem fins lucrativos.
A vontade de causar um impacto social positivo e transformar vidas sempre correu nas veias de Bianca Porto. Mas foi só após uma oportunidade de estágio que ela começou a enxergar, no empreendedorismo social, uma oportunidade de vida.
Por experiência própria, Bianca conhecia as dificuldades que as Organizações Não Governamentais possuem para captar recursos financeiros. Em 2016, ela fundou a Oásis dos Sonhos, ONG que mobiliza voluntários para reformar espaços coletivos e culturais. Sabendo que boa parte dos recursos dessas instituições são provenientes de doações, decidiu abrir um negócio próprio a fim de ajudar outras entidades.
A ideia da Grifa surgiu em 2018, quando Bianca foi impactada pelo anúncio de uma empresa norte-americana com uma proposta diferente do comum: gerar experiências com artistas por meio de rifas, revertendo o lucro para instituições sem fins lucrativos. Inspirada pelo que viu, a proposta inicial da startup era trabalhar com rifas, mas logo percebeu que o modelo não era aplicável no Brasil, tanto pela burocracia quanto pelos hábitos culturais.
Ainda disposta a colocar o projeto para a frente, Bianca recorda que recorreu a processos de Design Thinking e Design Sprint — este no Sebrae Lab de Goiás — para chegar ao formato atual do projeto: uma plataforma para ajudar organizações sem fins lucrativos na captação de recursos financeiros. E não para por aí.
Mais do que isso, a gente ajuda as organizações em outras necessidades estratégicas que elas tenham, como questões de comunicação, relacionamento com os doadores, com vários pontos nesse sentido para captar mais e ajudar mais pessoas.
Em 2020, a Grifa tornou-se uma empresa incubada no Centro de Empreendedorismo e Inovação da UFG, do qual o Sebrae é parceiro. Lá, Bianca teve acesso a diversas capacitações oferecidas para as empresas incubadas.
“Eu já conhecia o Sebrae há muito tempo, mas me envolvi ainda mais com todas as aulas e cursos e também com as consultorias. Sempre conheci e fui bem próxima, na verdade.”
Desde o início da startup, Bianca conta com a parceria do sócio Victor Stillo. Os dois se conheceram nos eventos de empreendedorismo promovidos pela UFG, e, a princípio, a participação dele seria apenas para desenvolver a plataforma de captação de recursos. No fim, Victor envolveu-se tanto que acabou entrando de vez para o projeto.
Atualmente, a Grifa funciona sem uma sede física, com o total de 8 pessoas envolvidas. Além dos sócios, trabalham profissionais de Desenvolvimento, Sucesso do Cliente e Design. Já a plataforma da Grifa conta com 32 organizações cadastradas.
Agora, os sócios estão focados em crescer por meio da captação de novos doadores e da recorrência de doações. “Como a gente fica com uma porcentagem do valor captado pelas organizações, sabemos que, para crescer financeiramente, precisamos crescer em volume — tanto de organizações quanto de doações”, explica Bianca.
O intuito é que eles mesmos possam remunerar os colaboradores, além de tirar da Grifa o necessário para o sustento, já que ambos ainda exercem outras atividades.