Benni Alimentos
Cultura Empreendedora Ibiporã / PRSandro deixou a carreira jurídica para se dedicar exclusivamente ao negócio de alimentos saudáveis que sua esposa havia iniciado. O sucesso de vendas da manteiga sem lactose impulsionou o sucesso da indústria que cresceu mais de 480% com apoio do Sebrae.
De empresa familiar a indústria.Com o Sebrae, a gente percebeu um estímulo constante para o crescimento. Somos sempre provocados a algo mais.
O então executivo de assessoria jurídica Sandro Castro não estava muito confiante quando sua esposa, também advogada, decidiu abandonar o meio jurídico, com o qual estava decepcionada, para começar um empreendimento. Em 2013, June Castro buscava realização profissional e ao mesmo tempo queria fazer algo de bom para as pessoas.
Sempre preocupada com a alimentação da família, cuidando para que todos tivessem saúde e bom sustento nutricional, ela decidiu aprofundar seus conhecimentos e se dedicar ao segmento. Nesse processo de pesquisa, conheceu o ghee, uma manteiga sem lactose que na época era fabricada apenas por uma pequena empresa no Brasil.
O primeiro passo para tirar a ideia do papel e começar a produzir foi se formalizar como microempreendedor individual (MEI) e desenvolver uma receita do produto. O investimento inicial foi de cerca de R$ 5 mil, usados para comprar equipamentos e insumos. Todo o planejamento e a formatação da abertura do negócio foram realizados com o apoio do Sebrae.
A produção foi iniciada na casa do casal em Curitiba (PR), ocupando todo o andar de baixo da residência. Com a manteiga pronta, desenvolveram um rótulo, e June visitou dez lojas para oferecer o produto. Todas aceitaram vendê-lo e em todas o produto teve boas vendas, motivando novas compras. O sucesso comercial chamou a atenção de Sandro. “Pensei: teve uma taxa de nova compra extremamente alta, esse negócio tem futuro.”
O empresário lembra que a partir desse momento o negócio cresceu de forma orgânica, e, como a marca tinha boa presença nas redes sociais, o produto começou a chamar a atenção de diversas lojas em todo o Brasil. Com o aumento da demanda, surgiu a necessidade de um espaço inteiramente dedicado à produção. O local escolhido foi em Londrina (PR), onde o casal abriu a indústria Benni Alimentos, ainda com estrutura artesanal.
Na nova cidade, foi a vez de Sandro, que já se dedicava exclusivamente ao negócio, procurar o Sebrae.
“Fomos muito bem recebidos, com direcionamentos para algumas possibilidades de desenvolvimento e, a partir de então, tudo aquilo que nos ofereciam que agregava valor ao nosso negócio a gente abraçava e ia junto com o Sebrae, que seguiu nos amparando com muito apoio.”
Entre os programas e serviços acessados, ele destaca o Sebraetec , que os ajudou com melhorias e inovação de processos, e os programas de Alto Impacto de Crescimento, Agentes Locais de Inovação (ALI) e Mulheres Empreendedoras, do qual June participou. Sandro acrescenta que o Sebrae também os provocou a ser mais exigentes para atingir um padrão de qualidade elevado, como a certificação do Selo Alimentos do Paraná.
Em Londrina, a Benni Alimentos cresceu ainda mais, e a empresa precisou dar mais um passo adiante. Alguns processos foram automatizados, e a produção foi transferida para Ibiporã (PR), onde tiveram incentivo para montar a fábrica em uma área dez vezes maior do que a que tinham em Londrina.
Nos últimos dois anos, crescemos mais de 200%. Desde a parceria com o Sebrae, o crescimento foi de 480%. Tudo aconteceu muito rápido e a gente precisou ir se adequando.
Hoje com 25 funcionários, a Benni Alimentos vende seus produtos por meio de uma plataforma de e-commerce e para supermercados e outros pontos de venda em 25 estados. Para conseguir atender a demanda crescente, Sandro e June planejam uma expansão ainda maior. A previsão é de que no segundo semestre de 2020 o espaço e a capacidade de produção sejam dobrados.