Decomplast
Inovação & Tecnologia Rio Branco / ACClarice Maia contou com o apoio do Sebrae, no Programa Inova Amazônia, para acelerar a startup.
Clarice Maia resolveu empreender ao se dar conta de um problema que afeta o planeta: o plástico.
Ela notou que existem poucos produtos no mercado na área de biorremediação — técnica que usa microrganismos para descontaminar áreas ambientais de poluentes diversos, como o plástico. “Não encontramos nenhum, mostrando assim um nicho de mercado a ser explorado”, conta.
A Decomplast – Fungos da Amazônia Decompositores de Plástico surgiu da necessidade e inquietação em relação ao lixo plástico produzido e não reciclado no estado do Acre. Clarice aponta que o material causa um prejuízo enorme à natureza, pois demora de 200 a 400 anos para se decompor.
A empreendedora e professora universitária da Universidade Federal do Acre está desenvolvendo, ao lado de outros professores e alunos da instituição, um bioinsumo com consórcio de fungos para acelerar a decomposição do plástico.
Para Clarice, a inovação da Decomplast está na comercialização de um produto não comercializado: “É barato, não gera resíduos tóxicos ao meio ambiente e é um processo natural”.
Nossa história com o Sebrae começou pelo lançamento do edital do Inova Amazônia, em dezembro de 2021.
Após concorrer pelo Acre no Inova Amazônia — programa de aceleração de negócios inovadores em bioeconomia —, a Decomplast foi selecionada, entre os 50 projetos, para a fase de pré-aceleração. Depois, concorreu ao edital de aceleração, ficando entre os 30 projetos selecionados.
“Ganhamos uma bolsa no valor de R$ 78 mil, que tem nos possibilitado pagar bolsas aos funcionários, comprar materiais de consumo e até alguns pequenos equipamentos”, contou Clarice.
Inaugurada ainda em 2022, Clarice define a Decomplast como “um bebê”, mas só por enquanto. Quando olha para trás e compara com o momento atual, ela afirma que o negócio amadureceu em relação ao entendimento do mercado.
Até o fechamento da matéria, a empresa está em fase de aceleração: “Pudemos adiantar bastante os testes de laboratório para a produção do MVP (Mínimo Produto Viável)”, celebra.
Os planos para o futuro incluem executar o registro de marca e patente do processo, escalonar a produção e fazer testes em larga escala.