Bolsas F.A.G.
Economia & Política Olinda / PEA partir de uma bolsa que ela pediu à mãe para copiar, surgiu uma ideia de negócio que, com o apoio do Sebrae, cresceu e conquistou clientes em diversos estados.
O Sebrae orienta pessoas que chegam sem rumo, para que elas tomem as decisões corretas em suas jornadas empreendedoras.
Natural de Salvador (BA), a turismóloga Fernanda Custódio mora em Pernambuco desde a juventude, quando se mudou para Recife com os pais. O avô paterno era um grande alfaiate, e sua mãe herdou o dom para a costura, que foi sua fonte de renda ao longo de toda a vida.
Foi na capital pernambucana, em 1989, que Fernanda viu uma bolsa na rua que a deixou encantada. Correu até sua mãe, Ana, e pediu que fizesse uma idêntica. Ali começaria uma parceria que anos depois se tornaria um negócio de sucesso.
Fernanda lembra que, nessa época, sua mãe aprendeu a pintar e lhe ensinou a habilidade. Por hobby, ela começou a pintar panos de prato. Logo teve a ideia de fazer bolsas pintadas. Sua mãe costurava, e ela pintava.
Tudo seguia bem até que um acontecimento inesperado deu um rumo novo a sua vida: foi demitida da empresa de aviação em que trabalhava e que estava falindo. A partir daí, reuniu a mãe e a irmã, Glaydes, e propôs uma sociedade para a produção e venda das bolsas. Elas toparam na hora.
Pouco tempo depois, as três lançavam oficialmente a própria marca de bolsas e acessórios: a FAG. A sigla, junção das iniciais das três sócias, não demoraria para ficar conhecida em Olinda (PE) e outras cidades do estado.
Com o lançamento da marca e o aumento das vendas, decidiram formalizar o negócio, registrar a marca, e procuraram o Sebrae para todo o apoio necessário. “A gente era muito nova na época, e precisava desse suporte para dar continuidade, para saber como fazer a gestão da empresa.”
Fernanda diz que a parceria abriu muitas portas. Ela participou de eventos em diversos estados, foi convidada a participar da Casa Cor, além de receber incentivo para ir a feiras.
“O Sebrae está sempre fortalecendo nós, que somos micro e pequenos. Isso deixou a gente mais segura de saber onde a gente queria chegar. Ensinou a sempre nos reinventar e a buscar coisas novas.”
Hoje, a FAG, que além das sócias tem três funcionárias, conta com uma uma loja pop-up, com Sebrae e CasaCor, em um shopping de Recife, e uma loja comemorativa. Fernanda estima que a parceria ajudou o negócio a crescer 100%.
Quando começou a pandemia de Covid-19, a primeira coisa que fez foi procurar o Sebrae e iniciar uma consultoria que continua até hoje. Uma das alternativas para manter o faturamento foi produzir máscaras. Ao todo, venderam mais de 5 mil unidades. Além disso, lançaram bolsas ecológicas que também fizeram sucesso.
A empreendedora continua estudando atentamente a situação da pandemia, monitorando as notícias sobre a possível segunda onda de contaminação, para planejar os próximos planos da empresa. Mas de uma coisa ela já está certa: vai continuar trabalhando para fortalecer as vendas pela internet e descarta voltar a investir em loja física.