Redlub Recioleo
Cultura Empreendedora Paulista / PELuiz Claúdio queria aproveitar de alguma maneira o óleo de cozinha que tinha de descartar no seu trabalho. Ele sabia que podia transformá-lo em produto anti-ferrugem, mas não tinha como financiar os testes. No Sebrae, ele encontrou a solução que viabilizou o negócio
Empreendedorismo e sustentabilidadeEu acho que, sabendo procurar o produto certo do Sebrae e tendo força de vontade, qualquer pessoa pode empreender com sucesso.
Funcionário de um shopping de Recife (PE) em 1998, todos os dias Luiz Cláudio Lima tinha a responsabilidade de recolher e descartar óleo de cozinha recolhido na praça de alimentação. Sem qualquer tipo de reaproveitamento ou reciclagem, o material era despejado na rede de esgoto.
Ao realizar a tarefa diária, Luiz pensava como poderia dar uma utilidade àquele resíduo que não fosse o descarte. Um dia lembrou que o pai passava óleo de mamona embaixo do carro para evitar ferrugem e pensou que talvez pudesse usar o óleo de cozinha de forma semelhante.
Com o plano em mente, procurou o Instituto de Ecologia de Pernambuco e explicou a ideia. Porém, era necessário um financiamento para iniciar os testes.
Eu não tinha condições de jeito nenhum, e eles me indicaram o Sebrae, que eu procurei imediatamente. Aí por meio do projeto Sebraetec eu consegui o financiamento.
Luiz conta que o instituto não lhe entregou o produto pronto, mas apontou a direção que deveria seguir para desenvolvê-lo. Então foi para casa, montou um laboratório na cozinha e começou a fazer testes. Três anos depois, finalmente começou a fabricar o produto antiferrugem para veículos.
Nos primeiros anos, as vendas eram pequenas e o produto continuava sendo testado e aperfeiçoado. Todo o lucro era reinvestido no negócio. Até que em 2008 a empresa foi formalizada como Redlub Recioleo.
A partir de então, o empresário seguiu se capacitando tanto para desenvolver melhor o seu produto quanto para melhorar a administração da empresa. Fez pesquisa de mercado e cursos de gestão, marketing, entre outros. O resultado não demorou a aparecer.
“Crescemos muito desde o começo: uns 500%. Comecei sozinho, cheguei a ter oito funcionários, agora tenho quatro. Era eu e uma moto, hoje são quatro carros, e também vendemos produtos para fabricação de ração, biodiesel e construção civil. Tudo feito com óleo reciclado.”
E Luiz quer mais: a meta agora é diversificar e fabricar produtos a partir de outros materiais, como o plástico. Para isso, o empresário já trabalha em busca de parceiros para financiar a nova empreitada.