Joyce Gama Calçados
Economia & Política São Luís / MAEmpreendedora alcança sucesso ao criar conexão com suas clientes e oferecer sapatos personalizados.
Para Joycelene Gama, a vida de empreendedora nunca foi fácil. Ela precisou enfrentar medos, quebrar tabus e ralar muito para conseguir chegar onde está hoje. A formação em Administração ajudou, mas quem empreende sabe que, apesar dos estudos serem fundamentais, o mundo do empreendedorismo exige muito esforço para ser conquistado.
A vontade de abrir a própria empresa surgiu em janeiro de 2015, depois da sua segunda gravidez. “Eu não encontrava alguém para cuidar dos meus filhos, mas também queria passar mais tempo em casa, com eles.” Já a escolha pelo setor de calçados foi motivada pela sua apreciação por sapatos.
A formalização como MEI foi o primeiro passo rumo à concretização do sonho. Logo em seguida, após pesquisas pela internet, a nova microempreendedora encontrou uma revendedora e deu início às vendas. Os primeiros clientes? Seus familiares, a quem é grata pelo empurrãozinho inicial que precisava para deslanchar.
Um dos diferenciais de Joycelene é sua facilidade em ouvir as dores de suas clientes e se conectar com elas. “Meu marido, no início, fazia as entregas, mas as clientes ficavam decepcionadas, pois queriam conhecer a mulher por trás do negócio.” Essa qualidade fez com que ela inovasse e conquistasse um público cada vez mais diversificado e leal.
Por oferecer sapatos personalizados, sua clientela inclui mulheres que usam numerações 33/34 e 41/42, já que o mercado tradicional não disponibiliza tantas opções. O conforto oferecido pelos produtos Joyce Gama Calçados é outro atrativo. A proprietária conta que as idosas sempre elogiam, principalmente as que sofrem com joanetes. Ela lembra que uma das principais dicas que recebeu do Sebrae foi mudar o nome da sua marca, antigamente chamada de Boutique da Joyce Gama. Com a ajuda de uma consultora do ALI, passou a focar apenas na venda de sapatos no digital. “Depois que tive o apoio do Sebrae, passei de amadora a profissional”, declarou.
Após dois anos, a empreendedora procurou o Sebrae, pois percebeu que o que tinha começado como hobby havia se tornado uma importante fonte de renda. “O Sebrae Maranhão abriu as portas pra mim, e tive meu primeiro contato com as grandes fábricas de São Paulo.”
Ela lembra que uma das principais dicas que recebeu do Sebrae foi mudar o nome da sua marca, antigamente chamada de Boutique da Joyce Gama. Com a ajuda de uma consultora do ALI, passou a focar apenas na venda de sapatos no digital. “Depois que tive o apoio do Sebrae, passei de amadora a profissional”, declarou.
Com o surgimento da pandemia e a demissão do marido, sua empresa foi a responsável por sustentar a família. Na época, Joycelene lembra que indagou a si mesma: “Como vender sapatos na pandemia?” Para enfrentar esse desafio, ela precisou ser criativa e colocar em prática tudo o que havia aprendido ao longo dos anos.
Foi aí que a ideia de vender sapatos infantis lúdicos surgiu e deu certo: 80% do estoque da empresa foi zerado durante a pandemia. “Sem os aprendizados que tive com o Sebrae sobre planejamento e organização, não teria conseguido ajudar a minha família”.
Para o futuro, a empresária deseja investir em exportação e, para isso, está desenvolvendo um site bilíngue que vai integrar as vendas nacionais e internacionais. Outra iniciativa que já está em fase de planejamento é a criação da Joyce Gama Atacado.
Como conselho para quem sonha em empreender, Joycelene destaca três fatores importantes na sua jornada: resiliência, estudos e networking. “Enfrentar os medos, construir credibilidade e respeitar os demais empreendedores são lições que aprendi na minha trajetória que foram essenciais para o meu crescimento”, conclui.