Solze
Inovação & Tecnologia Nilópolis / RJDe funcionária a empresária: Shirley pôde contar com o apoio do Sebrae para empreender e crescer.
A ideia de negócio de Shirley Chaves Melo surgiu da experiência e da necessidade, onde ela viu uma oportunidade para empreender e inovar.
Há 15 anos, ela era vendedora técnica na área de videovigilância, cabeamento e motores para portões. Entre uma conversa e outra com seus clientes, via a necessidade de acessórios de qualidade para guardar ferramentas e que tivessem um valor acessível.
Shirley sempre trabalhou e estudou. Por isso, não pôde acompanhar o crescimento do filho, que hoje tem 22 anos. Ela não queria que o mesmo se repetisse com a filha de 12. Foi aí que resolveu unir o útil ao agradável e decidiu empreender!
Sempre gostei de desenhar bolsas e calçados femininos, então tive a ideia das bolsas para ferramentas, uma vez que já conhecia o público e sabia o que ele queria.
Porém, ela nunca tinha tido contato com uma máquina de costura. Ainda assim, disposta a seguir com a ideia, tentou terceirizar toda a fabricação. Não deu certo, nenhuma costureira ou empresa conseguia fabricar os produtos do jeito que Shirley imaginava e queria.
“Então comprei uma máquina e comecei a costurar. Assim fui desenvolvendo a costura e a modelagem. Como do mercado eu entendia, ficou fácil escoar as produções”, conta.
Pouco a pouco, ela foi melhorando a técnica e criando novos produtos. Hoje, a Solze conta com um portfólio de aproximadamente 30 produtos, incluindo bolsas, mochilas, cintos, maletas e por aí vai. “São produtos diferenciados devido à necessidade de serem fortes para aguentar o peso das ferramentas de trabalho”, completa.
Para Shirley, a inovação da marca está no seu diferencial: “Enquanto a maioria dos nossos concorrentes são fabricantes de ferramentas, a Solze tem foco no profissional técnico como um todo”.
À medida que as pessoas iam conhecendo nossos produtos, vi que tinha um negócio promissor. Mas fomos empregados a vida toda, e em nenhum momento fomos preparados para ser empreendedores.
Ela conta que, quando a Solze estava alocada em uma casa, num espaço pequeno, recebeu a visita de um Agente do Sebrae e, entre uma orientação e outra, percebeu que não poderia ampliar o espaço: “Os gastos com obras iriam atrapalhar meu orçamento e meu desenvolvimento”.
O que ela fez? Alugou um espaço. E o resultado? “Meu faturamento dobrou, e o número de colaboradores também”, comemora.
A parceria entre Shirley e o Sebrae seguiu e segue em frente, tanto que ela arregaçou as mangas e participou de cursos voltados para desenvolver habilidades empreendedoras, financeiras e estratégicas.
Não demorou muito para a empresária notar os resultados. Perguntamos como ela enxergava a Solze e como vê a empresa atualmente:
Começamos do zero, com investimento zero e sem planejamento. Só com a ideia e a vontade. Hoje temos seis funcionários e perspectiva de crescimento.
Em quatro anos, a Solze saiu de um quarto em uma casa para um espaço alugado — que hoje já não é mais suficiente. “Estamos procurando um espaço maior e hoje já temos mais de 20 máquinas para produção.”
Hoje, as mochilas, bolsas e estojos da marca chegam a muitos estados, mas esse dado ainda não é 0,5% da capacidade que a Shirley sabe que seu negócio tem.
Quando fala sobre o futuro, a empresária tem ótimas expectativas: “A meta é nos tornarmos a maior marca de produtos no setor. Queremos ser referência de qualidade e de praticidade”, conclui.