Tapiocas da Tia Dê
Economia & Política Palmas / TOConhecer bem os serviços do Sebrae foi um dos motivos que levaram Maria a decidir mudar de vida e se tornar sua própria patroa. Pioneira na venda de tapioca em Palmas, ela se prepara agora para abrir franquias de sua loja.
Sonho de empreenderO Sebrae foi uma escola e tanto para mim. Aprendi sobre gestão, articulação, a fazer parcerias, como lidar com o público. Para mim foi um laboratório.
Maria Adeneide Mendonça era servidora comissionada da prefeitura de Palmas (TO), mas queria mesmo era ser a própria chefe. Os 11 anos em que trabalhou como funcionária do Sebrae em Tocantins lhe inspiravam ainda mais a abrir o seu negócio.
Nos fins de semana, ajudava a mãe a vender tapioca em uma feira livre da cidade e percebeu que havia demanda pelo alimento nos outros dias da semana, já que até então era o único ponto de vendas na cidade. Em 2012, tomou a decisão que mudou o rumo de sua vida profissional: deixaria o serviço público para vender tapioca.
Começou formalizando-se como microempreendedora individual (MEI) e vendendo como ambulante em um trailer alugado, com a ajuda do filho e de um funcionário. Por meio de parceria com uma marca de refrigerantes, conseguiu tenda, freezer, mesas, cadeiras e suportes de guardanapo. “Isso na época custava muito caro, e com essa parceria eu otimizei o meu dinheiro, diminuindo o investimento inicial, que foi baixo.”
O Sebrae também foi um parceiro, ajudando-a a planejar o empreendimento com consultorias, pesquisa de mercado, capacitações e orientações para elaborar o plano de negócios.
Um ano depois da inauguração da Tapiocas da Tia Dê, o negócio mudou de MEI para microempresa (ME). A estrutura física também foi ampliada, e a tapiocaria se mudou para um espaço tipo contêiner em um ponto estratégico da cidade.
Aí o negócio bombou. Em 2015, tinha nove funcionários, três chapas funcionando a todo vapor. Porém, nesse mesmo ano a crise fez com que a demanda diminuísse. Hoje eu tenho uma chapa funcionando e seis funcionários. Tive que reduzir porque a gente precisa ir se ajustando.
Oito anos após a abertura da tapiocaria e cinco após a crise, o negócio está se recuperando, e Maria quer crescer mais. A empresária já planeja a expansão para este ano de 2020 e trabalha no processo de abertura de franquias de sua marca.