Casa do Pão de Mel
Cultura Empreendedora Araguaína / TO
Com o apoio do Sebrae, empreendedora iniciou as atividades no início da pandemia e já almeja abrir uma loja física.

Quando se mudou para o município de Araguaína, no Tocantins, Ranniely Silva tinha expectativas de conseguir o seu primeiro emprego e pagar um cursinho pré-vestibular. Não conseguiu nenhum dos dois.
Até que, em março de 2020, o mundo inteiro foi surpreendido pelo início da pandemia de covid-19. Disposta a não ficar parada, Ranniely decidiu empreender. Entre uma pesquisa e outra, encontrou um segmento não explorado na cidade: o comércio de pão de mel.
Consumidora fiel do produto, a empreendedora iniciou a produção sem uma real intenção de crescimento. “Era somente um extra na pandemia”, revela.
A Casa do Pão de Mel se dedica à fabricação exclusiva da guloseima em versão gourmet. “Contamos com um cardápio de mais de 20 sabores. E temos também a linha fit, zero glúten e zero lactose”. Entre os mais vendidos, destacam-se os pãezinhos recheados com brigadeiro e maracujá.
Atualmente sem loja física, todo o atendimento é prestado por delivery, retirada, encomendas, pontos de vendas e até mesmo são feitos envios para outras cidades e estados. Além da empreendedora, outras duas funcionárias mantêm a operação de pé.

Por eu começar a empreender no ápice da pandemia, comecei já adaptada à nova realidade. Foquei na humanização do atendimento online.
Em menos de dois meses, a clientela da empresa disparou. Nesse momento, Ranniely enxergou a necessidade de buscar cursos de gestão, organização e atendimento para segurar as pontas. “E precisei me formalizar como MEI para colocar o delivery”, complementa.
No Sebrae, a empreendedora encontrou o apoio de que precisava e já participou de diversos programas e cursos como “Atendimento ao Cliente”, “Fluxo de Caixa”, “Gestão Financeira”, “Canvas” e “Iniciando um Pequeno Negócio”. A empreendedora também considera o “Marketing Digital Para sua Empresa”, “Precificação” e “Boas Práticas na Cozinha” essenciais para quem vende produtos.
Hoje, ela divide seu tempo entre a empresa e as graduações em Empreendedorismo e em Biomedicina. Com a jornada atribulada, Ranniely reflete sobre o papel da mulher nos negócios: “A jornada de múltiplas tarefas da mulher é complicada de conciliar com as tarefas do lar. E imagino que seja mais difícil ainda para as mamães, né? Às vezes, falta incentivo até por parte até mesmo familiar”. Para encorajar outras mulheres, a empresária deixa um recado:
Mulher deve ser duas coisas: quem e o que ela quiser. Empreendedorismo é para os fortes, e a força de uma mulher é incomparável.
Ao longo do ano, Ranniely almeja aumentar o reconhecimento local, triplicar a quantidade de pontos de vendas na cidade e conquistar o status de referência estadual. A empreendedora também sonha com a possibilidade de abrir a primeira loja física em 2024.