Escola Vestida de Sonhos
Economia & Política Brasília / DF
Priscila nunca tinha pensado em ser professora, mas a paixão por costurar transformou suas aulas em negócio de sucesso. Com o Sebrae, ela aprendeu que sua escola poderia ser mais do que um centro de ensino, para ser também um local de construção de sonhos.
De costureira amadora a empreendedora
O Sebrae me ajudou a me preparar para esse momento em que estou agora. O aprendizado que eu tive ao longo desses anos foi muito importante.
Ainda na adolescência, Priscila Rodrigues adorava reformar e personalizar suas roupas. Como fazia à mão, nem sempre o resultado era satisfatório e muitas vezes acabava estragando as peças. Vendo seus erros e acertos, sua mãe lhe deu uma máquina de costura.
O presente mudou a vida da jovem, que até então nunca tinha pensado em aprender a costurar. Ela se apaixonou tanto pela atividade que largou até a faculdade de Relações Internacionais para se dedicar exclusivamente à costura.

Começou fazendo necessaires para si mesma e depois passou a vender para os amigos que se interessavam pelas peças. Logo recebeu a primeira grande encomenda de cem bolsas. O lucro foi bom, pois gastava R$ 2 e vendia as peças por R$ 12. Com o dinheiro que recebeu, comprou uma máquina de costura industrial.
Convencida de que aquele era o caminho profissional que desejava seguir, formalizou-se como microempreendedora individual (MEI) e se dedicou a se aperfeiçoar no ofício. Para aprender, desmanchava roupas e as costurava de novo. Depois aprendeu costura avançada e fez um curso de modelagem. Enquanto isso, as encomendas só cresciam.
Após o curso de modelagem, passou a dar aulas no Senai, e os alunos começaram a pedir cursos de costurava avançada, que não eram oferecidos. A partir desse estímulo, decidiu ministrar cursos livres.
Para tirar a ideia do papel, alugou uma quitinete e abriu uma escola em sociedade com uma amiga, que não deu certo e fechou. No entanto, as alunas insistiam em ter aulas com Priscila.
Como ela não tinha condição de financiar uma nova escola, as alunas fizeram uma vaquinha e emprestaram R$ 600 à professora. Ela diz que não tinha noção de como gerir um negócio na época e buscou no Sebrae o conhecimento necessário.


O Sebrae ajudou na parte de planejamento, organização, estabelecimento de metas e em toda a área administrativa. Desde o ambiente da escola ao atendimento ao cliente, e todo o conhecimento administrativo. Você chega sem saber nada e as portas vão se abrindo.
Como não podia contratar um arquiteto, a empresária mesma fez toda a decoração da escola a partir de muita pesquisa e do reaproveitamento de materiais. Precisou se virar como pintora e fez o papel de parede com moldes de costura.
“Com o Sebrae, aprendi a importância de estar preocupada com o cliente a todo momento, desde ter uma entrada bonita, música boa, trazer uma experiência para o cliente e não simplesmente uma aula de costura. As pessoas não vêm aqui só ter uma aula, vêm viver uma experiência.”
Quando a Escola Vestida de Sonhos foi aberta, Priscila trabalhava sozinha. Agora, além dela, há mais três professoras e dois assistentes. O número de alunos também cresceu e hoje são 90 ao todo.
Para chegar a mais pessoas ainda, a empresária começou a fazer vídeos no YouTube após observar o crescimento da procura por esse tipo de capacitação. Sua meta agora é investir mais nesse segmento e expandir as atividades da escola.