Cliever
Inovação & Tecnologia Belo Horizonte / MGRodrigo ainda era estudante de engenharia quando decidiu empreender. Com o apoio do Sebrae e do parque tecnológico da universidade, abriu uma empresa pioneira na fabricação de impressoras 3D, que se tornou uma das maiores do segmento no país.
Tecnologia e empreendedorismoO Sebrae é o guia que me mostrou os caminhos certos para empreender.
Rodrigo Krug estudava engenharia de controle e automação na Pontifícia Universidade Católica (PUC) em Porto Alegre, trabalhava e tinha uma vida estável. Mas o jovem não estava satisfeito, pois tinha o desejo de abrir o próprio negócio. Conversou com amigos, e decidiram montar em 2009 uma empresa de eletrônicos. O empreendimento não durou muito, mas Rodrigo não estava disposto a desistir.
Como tinha expertise na área de manufatura e impressão 3D, começou a pesquisar o mercado no exterior e viu que o segmento estava em ascensão. Resolveu investir na área e procurou ajuda no Tecnopuc, o parque tecnológico da universidade.
Eu passei por um processo de pré-incubação em que a gente recebia todo tipo de capacitação de profissionais do Sebrae e de todas as áreas da universidade. Eles davam caminhos para a gente montar um negócio. Foi extremamente importante.
Ao final de seis meses de incubação, Rodrigo conseguiu uma oportunidade de apresentar o produto que havia desenvolvido na Campus Party em São Paulo, ondefoi muito bem recebido.
“Fiquei cinco dias na feira e o meu estande teve mais de seis mil acessos por dia. Foi uma coisa louca.”
Rodrigo voltou a Porto Alegre ainda mais convicto de que estava no caminho certo. Após se reunir com investidores que demonstraram interesse, não restava dúvidas de que o negócio tinha futuro. Pegou um empréstimo com um banco privado e abriu oficialmente a Cliever como empresa.
O Sebrae foi fundamental nessa etapa com consultoria sobre fluxo de caixa, atividade comercial, plano de negócios. Participamos de diversos eventos como a Feira do Empreendedor, palestras no interior falando do case da empresa, e fortalecemos essa parceria.
Pioneira em impressoras 3D no Brasil, a empresa foi aumentando suas vendas a cada ano, à medida que investia em tecnologia, desenvolvimento e aperfeiçoamento dos processos de fabricação. Em 2018, após fechar um grande negócio em Minas Gerais, a fábrica foi transferida para Belo Horizonte.
Desde o início da operação, já foram mais de 3 mil impressoras vendidas. A empresa foi responsável pela maior venda do segmento na América Latina, com 450 unidades compradas pela prefeitura de São Paulo.
“Hoje fechamos em quase R$ 5 milhões o faturamento anual. Já tivemos 42 funcionários e hoje estamos com 16 em Belo Horizonte porque estamos reestruturando algumas áreas. Foi um crescimento bem interessante.”
Devido à popularização e à queda no preço das impressoras 3D, a empresa investe agora em tecnologia para se diferenciar no mercado. A meta, segundo Rodrigo, é que seja a maior fabricante do produto no Brasil.