Cisso
Economia & Política Camocim / CEOrientações do Sebrae sobre estratégias de marketing digital foram fundamentais para a ampliação do negócio, que mudou para um espaço dez vezes maior
Através do Sebrae, consegui muitos clientes para a minha loja. Quando você tem parceiros para somar, sempre é bom, principalmente o Sebrae, que é uma instituição de renome. Se eu fosse dar uma nota para o Sebrae, não daria 10, daria 1000.
Com forte veia empreendedora, ao mesmo tempo em que trabalhava como confeiteiro em Camocim (CE), Rogério Felix vendia suplementos alimentares. Em seguida, deixou de vender os suplementos e passou para as vendas de acessórios de informática.
Em 2017, prestes a começar a trabalhar como vendedor de uma empresa de telefonia, decidiu seguir a sua intuição, recusar o novo trabalho e abrir sua própria loja no centro da cidade. Assim, naquele mesmo ano, inaugurou a Cisso’s Acessórios, especializada em produtos de informática e acessórios para telefones celulares.
Inicialmente, como teve certa dificuldade para atrair clientes para o negócio, resolveu apostar em ações de marketing digital irreverentes: começou a gravar vídeos engraçados, com danças e outros gestos inusitados, como jogar as mercadorias para cima, além de criar o bordão “Vem para a Cisso’s”. Segundo o empreendedor, o resultado foi melhor do que o esperado.

Em 2018, a loja ficou pequena, não cabiam mais nem os clientes nem os produtos.
Diante do enorme crescimento, procurou o Sebrae, que já conhecia por meio de palestras a que havia assistido na cidade. Então, por meio de uma consultoria, planejou a mudança da loja para um espaço dez vezes maior.
“E continuei indo a palestras do Sebrae. Aprendi sobre vendas pelas redes sociais, a impulsionar posts, tanto para minha cidade quanto para cidades vizinhas. Entre as coisas que aprendi com o Sebrae, a que mais me marcou foi a orientação para que eu continuasse a ser eu mesmo, não mentir para o meu público e não tentar empurrar produtos sem qualidade.”
Rogério diz que, a partir de então, a empresa continuou crescendo. Com o aumento do faturamento, conseguiu comprar o tão sonhado carro zero e uma casa para a família.
Quando a pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil, fechou as portas da loja em março e implementou o trabalho remoto para os funcionários. Além de fazer três novos cursos que o Sebrae ofereceu para ajudar os empreendedores naquele momento crítico, continuou seguindo as dicas de impulsionar os posts da loja nas redes sociais. Também aderiu ao delivery e, por meio de uma parceria com mototaxistas, passou a entregar os produtos inclusive em cidades vizinhas.
Segundo o empresário, as ações deram certo, e a loja passou a vender 20 vezes mais do que antes da pandemia. Por isso, precisou mudar de MEI (Microempreendedor Individual) para ME (Microempresa).
Ao estimar o crescimento da empresa desde a inauguração, os números são ainda melhores.

De 2017 até agora, a empresa cresceu uns 1000%.
Para seguir crescendo, o empreendedor pretende entrar também no mercado de computadores gamers, que ainda não são vendidos no comércio da cidade. Além disso, já planeja ampliar o espaço da loja, incorporando imóveis vizinhos.
“E também estou aprendendo Libras (Língua Brasileira de Sinais) para atender os surdos, porque são muitos os clientes com essa deficiência. Também já reformei a loja para deixá-la totalmente acessível.”