Teçume da Floresta
Cultura Empreendedora Careiro / AMPara fortalecer as vendas de suas peças feitas a partir de uma técnica tradicional da região, as artesãs se juntaram em um grupo e se formalizaram como empresa. Em parceria com o Sebrae, o negócio cresceu após profissionalizar o marketing e a divulgação dos produtos.
Produzem a partir de fibras vegetaisHá mais de três décadas, o Teçume, artesanato feito com fibras vegetais tecidas, é uma atividade que gera renda para mulheres de Careiro Castanho (AM). As artesãs trabalhavam individualmente até que em 2015 decidiram se fortalecer, juntando-se em um grupo para produzirem e comercializarem as peças.
Assim nasceu o Teçume da Floresta, grupo que produz diversas peças com fibra natural do cipó ambé, como bolsas, vasos decorativos, luminárias, cofos, cestos de usos variados, biojoias e outras bijuterias, brinquedos, peças religiosas, panelas, balaios, moringas, entre outras.
Para ajudar o grupo, Marcos Alexandre dos Santos, filho da artesão Maria Alexandre dos Santos, que trabalha com a técnica há mais de 25 anos, decidiu cuidar da divulgação dos produtos. Isso porque ele havia identificado esse como um dos pontos do projeto que precisavam ser aprimorados.
Com essa oportunidade, comecei a me especializar, fiz curso de gestão comercial, porque vejo que é uma oportunidade muito boa tanto para nós quanto para toda a comunidade. Hoje sou formado em gestão comercial e trabalho nessa área comercial, além do marketing da marca.
Como já tinha ouvido falar dos serviços, Marcos procurou o Sebrae em busca de apoio para o empreendimento. Ele diz que imediatamente percebeu que a parceria seria produtiva.
Quando tivemos o primeiro contato com o Sebrae, vimos que é um órgão muito competente para levar à frente qualquer negócio, basta você ter força de vontade. São pessoas muito prestativas.
A partir do início da parceria com o Sebrae, Marcos fez diversos cursos, entre eles um de gerenciamento de mídias sociais, que colocou em prática imediatamente.
“Tem muitas ferramentas no Sebrae que nos enriquecem. Foi isso que me motivou a procurar, a estar lado a lado com o Sebrae. Nós aplicamos no Grupo Teçume os conhecimentos de mídias sociais e digitais, de técnica de fotografia de celular, de gestão.”
O resultado do apoio foi a formalização do grupo como empresa, a profissionalização da divulgação e marketing, gerando o crescimento de cerca de 80% em relação ao início da produção em grupo.
Marcos diz que com a pandemia de Covid-19 não houve queda no negócio, que continuou crescendo. “Nós tivemos um aumento, em vez de redução. Nós disparamos. Realmente o apoio do Sebrae foi muito bom. Como trabalhamos com e-commerce há um tempo, não tivemos tanta dificuldade com as vendas pela internet, que só aumentaram.”
Hoje o grupo conta com 12 pessoas e também com a ajuda de outros artesãos da região. Segundo Marcos, a meta agora é oficializar o registro da marca, que já está em andamento. “Outro objetivo nosso é aumentar o número de artesãos entre as pessoas que vivem na comunidade e nesse momento de pandemia se interessaram em entrar no grupo. Além disso, continuar crescendo cada vez mais.”