Viva Jeri Pousada
Economia & Política Jijoca de Jericoacoara / CEPor meio do Sebrae, ela soube do Pronampe, que viabilizou o empréstimo com o qual conseguiu fazer os investimentos e manter o faturamento no momento de crise.
O Sebrae tem uma presença muito próxima do empreendedor, sempre com disponibilidade para ajudar, orientar e oferecer cursos.
À frente de uma empresa de aves e suínos em São Paulo (SP), Viviane Dalbone estava disposta a levar outro tipo de vida quando decidiu se mudar para Fortaleza (CE) em 1998. Lá, ela queria ser funcionária, não a dona. Assim, teve ótimos empregos como gerente de empresas na cidade até receber o convite que mudaria de vez a sua vida: gerenciar uma pousada em Jericoacoara, uma vila de pescadores na beira do mar, em Jijoca de Jericoacoara (CE).
Já instalada na vila paradisíaca e trabalhando em sua nova função, ela se aproximou do Sebrae. Viviane participou e acompanhou de perto a articulação dos consultores para a criação da Rota das Emoções, um roteiro turístico e gastronômico interligando atrativos e experiências nos três estados vizinhos: Ceará, Piauí e Maranhão.
No Sebrae, ela também fez cursos de finanças e de auditoria e contou com uma consultoria financeira.
Eu acho que as rodadas de negócio, com outras empresas parceiras, também foram muito importantes. E o principal foi o apoio estratégico que eu tive para conseguir fazer com que as pessoas esquecessem o nome antigo da pousada, quando mudamos de nome.
Os negócios seguiram dando certo até que, em 2013, uma oportunidade faria Viviane voltar à condição de dona: uma proposta para que ela arrendasse a pousada. Aceito o novo desafio, nasceu a Viva Jeri Pousada.
“Eu já tinha experiência, já era conhecida por gerenciar a pousada. Aprendi que, aqui, se você não tiver esse reconhecimento, é muito difícil não fechar. Então, como eu já era conhecida, resolvi arrendar. Fiz parcerias com agências para atrair mais hóspedes. Meu forte são essas parcerias com empresas de turismo.”
Assim, a lotação de sua pousada foi melhorando cada vez mais. Quando assumiu o negócio, a média era 60% e, até a chegada da pandemia, havia crescido para 85%.
“Com a pandemia, foi um horror. O que nos ajudou muito foi eu ter entrado em contato com o Sebrae, que informou que teria uma live sobre o Pronampe [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte]. Eu assisti e em seguida entrei em contato com a Caixa [Econômica Federal]. Conseguimos um empréstimo, que foi o que nos segurou.”
Com o financiamento com 12 meses de carência para começar a pagar, a empresária fez melhorias na pousada, preparando o espaço para a reabertura com todos os protocolos de segurança. Ela ainda usou parte do dinheiro para reabrir um restaurante da família em São Paulo (SP), que estava fechado havia cinco meses, e abrir um restaurante agregado à pousada em Jericoacoara.
Na pandemia, fiz cursos pelo Sebrae de sanitização e higienização para preparar os funcionários, antes da reabertura, para lidar com esse novo momento. E fizemos também cursos de gestão financeira. Estava indo maravilhosamente bem até a chegada da segunda onda, quando fechou tudo, e as pessoas pararam de viajar de novo.
Viviane diz que espera agora a situação melhorar e que o foco é a gestão dos restaurantes em São Paulo e no Ceará.
“Quero recuperar o capital investido e fazer um capital de giro. E, depois, daqui a alguns anos, me aposentar.”