Origem Compostagem
Cultura Empreendedora Cuiabá / MTO interesse da engenheira pelo assunto se transformou em ideia de negócio. Com o Sebrae, ela ganhou tempo e orientações importantes para tirar os planos do papel. Com pouco tempo de funcionamento, o negócio já conta com mais de 70 cliente fixos e não para de crescer.
Empreendedorismo e meio ambienteSem o Sebrae, teríamos perdido muito tempo para abrir o negócio. Todas as orientações foram fundamentais para tirar a nossa ideia do papel.
Nos momentos de folga em sua rotina como engenheira civil em uma construtora em Cuiabá (MT), Yasmin Fonseca começou a pesquisar sobre compostagem. Ela já empregava a técnica em casa para transformar o lixo orgânico em adubo, mas se interessou ainda mais pelo assunto quando conheceu o trabalho de empresas especializadas em coleta dos resíduos para compostagem em diversas capitais do País.
Para entender melhor os processos e a operacionalização da atividade, entrou em contato com as empresas. Bem informada, decidiu que queria ter o seu próprio negócio nessa área e procurou o Sebrae em busca de ajuda para tirar a ideia do papel.
Fui até lá, contei meus planos, fiz uma consultoria de uma hora e meia, e eles me orientaram sobre todos os trâmites legais que eu deveria fazer para formalizar a minha empresa. Ainda visitei a Estação de Compostagem do Sebrae Cuiabá.
Vencida essa fase burocrática, nasceu, em 2020, a Origem Compostagem, que fortaleceu os laços com Sebrae e seguiu recebendo orientações para aprimorar o negócio.
O negócio funciona assim: os clientes fazem a adesão mais adequada à quantidade de resíduo que produz na residência, condomínio ou empresa e recebem um recipiente com tampa para armazenar o lixo orgânico. Periodicamente, a empresa recolhe o material e depois entrega ao cliente o adubo pronto ou mudas de temperos ou hortaliças.
No fim do ano, os clientes recebem um certificado com dados sobre a quantidade de resíduos destinados à compostagem, evitando que fosse para o aterro sanitário, e informações sobre os gases não emitidos no meio ambiente.
Um mês depois do início do trabalho, já com alguns clientes, a OMS decretou a pandemia de Covid-19 e começou a quarentena com medidas de segurança para evitar a propagação do vírus. A princípio, a empresária ficou frustrada, mas se surpreendeu com o andamento do negócio.
Pensamos: abrimos no pior momento. Mas, foi o contrário, as pessoas começaram a se interessar mais pela compostagem e tivemos um boom de procura, que continua até hoje.
Para seguir funcionando, a empresa tomou diversos cuidados para evitar a transmissão do vírus, como o uso de equipamentos de segurança e a higienização ainda no local de todo o material recolhido. Os recipientes também são entregues higienizados. Além disso, os clientes têm a opção de não ter contato algum com o funcionário que faz a coleta.
Hoje, a empresa segue crescendo e conta com 70 clientes residenciais e uma indústria. Como o negócio funciona em um uma chácara com uma grande área, Yasmin planeja estruturar um centro tecnológico de compostagem e desenvolver novas técnicas e processos. O projeto inclui abertura do espaço para que o público possa conhecer melhor o trabalho e sua importância ambiental. Também está entre os planos começar a fazer doações dos fertilizantes para alguma horta comunitária da cidade.