Delucci
Cultura Empreendedora Bento Gonçalves / RSSem saber muito sobre empreendedorismo, o casal contou com o Sebrae para aprender tudo sobre o assunto, colocar o negócio nos eixos e ainda abrir uma nova empresa
Trabalhando na assessoria jurídica de órgãos públicos do município de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, Cíntia Ceriotti Weirich não tinha em seus planos deixar a profissão para empreender. Mas quando seu esposo, Edwin Lucci, sugeriu transformar seu trabalho com vendas de máquinas importadas em um negócio, Cíntia percebeu que poderia conciliar as duas profissões e ser sua sócia.
Na época, meu marido, ao visitar os clientes do setor moveleiro, no qual ele trabalha há mais de 25 anos vendendo maquinário para madeira, foi perguntado se tinha alguém que pudesse terceirizar as peças feitas em madeira ao invés de ele comprar a máquina. Com essa ideia, em 2013, nasceu a Delucci para terceirizar componentes em madeira.
Porém, sem conhecimento sobre empreendedorismo, somente em setembro de 2015 a empresa deu início aos processos. “Não tivemos um planejamento inicial e foi meio sem foco. Procuramos um pavilhão, que é onde estamos até hoje, compramos todas as máquinas que precisávamos, ajustamos a estrutura da fábrica e olhamos um pro outro e pensamos ‘e agora, o que vamos fazer?’”
Apesar do perrengue inicial, a Delucci foi caminhando aos poucos, como conta Cíntia: “Eu nunca tinha trabalhado em uma empresa privada, então tinha experiência zero do que era preciso fazer e de como gerenciar o negócio. Começamos com um funcionário na engenharia responsável por desenhar, programar e operar a máquina e um marceneiro que preparava a madeira, lixava e montava. E eu passei a ajudar de todos os lados, desde pegar a prancha de madeira até a embalagem final do produto. Essa etapa me fez aprender muito sobre madeira e sobre a empresa em si”.
Para fazer o negócio crescer, Cíntia e Edwin decidiram manter seus empregos externos para ajudar na Delucci. “Foram tantos desafios no início, desde a rotatividade dos funcionários até mesmo ampliar o número de clientes, que decidimos que a fábrica não seria o sustento da nossa família nos primeiros anos. Continuei como advogada, e meu esposo como vendedor, para que pudéssemos reinvestir tudo na empresa.”
Segundo a empreendedora, a Memor Design Brasileiro é voltada a produtos assinados por designers e mistura de materiais. A Delucci, por sua vez, é focada no mercado corporativo: bares, mercados e hotéis. “Hoje estamos em uma crescente. Lá no início, começamos com apenas um funcionário, que por sinal continua conosco até hoje. Antes da pandemia tínhamos 20 e depois da pandemia demos um salto. Somando os funcionários da casa e prestadores de serviços, temos quase 60 pessoas trabalhando conosco”, celebra.
A empresária deixou a carreira jurídica para se dedicar exclusivamente aos negócios. “O Sebrae me ajudou muito, principalmente a planejar o futuro. Lá eu consegui ter uma visão de tudo, desde o custo até os indicadores antes da tomada de decisão. O Sebrae foi realmente um diferencial, foi muito importante. Hoje sei que o planejamento teria sido um diferencial lá no início, passamos por dificuldades que não seriam necessárias se tivéssemos planejado.”
Eu brinco que o Sebrae nos achou. Um consultor bateu na nossa porta perguntando se gostaríamos de fazer parte do grupo de empresas de marcenarias. Ele nos explicou sobre as consultorias e o que o Sebrae poderia fazer por nós.
A empresária não pensou duas vezes, pois “não sabia quase nada sobre empreender”, e aceitou o convite. Participou ativamente de todas as atividades do grupo propostas pelo consultor e viu sua vida mudar. “Eu aprendi demais. Se eu tivesse conhecido o Sebrae antes de montar a empresa, tudo teria sido ainda melhor. Eu teria feito o planejamento, plano de negócios, teria buscado o mercado-alvo, possíveis clientes e fornecedores dos quais não fazia ideia antes de conhecer o Sebrae.”
“Eu demandei muito do Sebrae e usei muitos dos produtos, desde a consultoria de custos, de gestão, de pessoas, de mercado, de comercial até o Sebraetec. Tudo isso foi muito importante, e acredito que a Delucci tenha se destacado desde o início por causa do Sebraetec em design de produto, que foi quando começamos a fazer produtos assinados por designers, usando essa questão da madeira e da mistura de materiais, o que fez a empresa ser alavancada.”
Com o crescimento da Delucci, a empresária percebeu que poderia ampliar ainda mais os negócios. Foi então que criou a Memor Design Brasileiro, em 2019. “Dessa vez, tivemos o apoio do Sebrae desde o início. Nos reunimos, e o Sebrae nos auxiliou no design de produto, na criação de catálogo, na montagem das nossas redes sociais e nos indicou um parceiro que desenhou toda uma coleção para a Memor. Com isso, expusemos nossa linha na Feira de Gramado e lá apresentamos ao mercado os nossos produtos, que misturam materiais como madeira e metal, tudo de alto padrão”, conta Cíntia.
Mas, pouco tempo depois, veio a pandemia. “Nessa empresa tínhamos dois sócios, e um deles resolveu encerrar as atividades. Aí a Memor ficou meio perdida e, para me recuperar dessa situação, decidi comprar a parte dele e integrar a Memor à Delucci. Hoje elas são uma única fábrica, mas marcas diferentes.”
Segundo a empreendedora, a Memor Design Brasileiro é voltada a produtos assinados por designers e mistura de materiais. A Delucci, por sua vez, é focada no mercado corporativo: bares, mercados e hotéis. “Hoje estamos em uma crescente. Lá no início, começamos com apenas um funcionário, que por sinal continua conosco até hoje. Antes da pandemia tínhamos 20 e depois da pandemia demos um salto. Somando os funcionários da casa e prestadores de serviços, temos quase 60 pessoas trabalhando conosco”, celebra.
A empresária deixou a carreira jurídica para se dedicar exclusivamente aos negócios. “O Sebrae me ajudou muito, principalmente a planejar o futuro. Lá eu consegui ter uma visão de tudo, desde o custo até os indicadores antes da tomada de decisão. O Sebrae foi realmente um diferencial, foi muito importante. Hoje sei que o planejamento teria sido um diferencial lá no início, passamos por dificuldades que não seriam necessárias se tivéssemos planejado.”