SEBRAE

Caldo da Nêga

Cultura Empreendedora Rio de Janeiro / RJ
O caldinho de feijão da Bárbara conquistou o Rio de Janeiro

Vinda de comunidade e mãe de duas filhas, a empreendedora se inspirou na tradição familiar para abrir negócio de culinária afetiva.

Eu digo que eu sou uma borboleta, e para virar borboleta não precisa de um milagre, são processos: o Sebrae fez esse processo na minha vida. De repente, ‘boom’, voei!

A próxima parada da Expedição 50+50 é na cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. E é no bairro do Rio Comprido que mora Bárbara Cristina dos Santos. A história dela vai bem além da batalha para alcançar o sucesso, é também um exemplo de impacto social positivo. 

Depois de se divorciar do marido, ela decidiu sair da comunidade em que morava e começou a trabalhar como manicure para sustentar as duas filhas pequenas. Depois de se mudar para o bairro do Rio Comprido, viu a oportunidade de montar uma barraca em uma praça próxima a uma universidade para vender comida

Eu via muita gente só bebendo, sem comer nada, e aí eu comecei a pensar no que eu poderia fazer ali para aproveitar aquele público. Quem bebe gosta de beliscar alguma coisa.

A inspiração veio de sua família, que se reunia aos domingos para confraternizar a vida. Além de boas conversas e risadas, o que não faltava era um bom caldinho: “Sempre ouvi da minha família que quem bebe tem que tomar um caldinho para acordar bem no dia seguinte”, brinca. Quando era criança, Bárbara observava a tia preparar bolinhos e desde pequena já tinha um encanto pela culinária. 

Dessa tradição nasceu a barraca do Caldo da Nêga, em 2004. O começo não foi fácil: ela usava o dinheiro que ganhava como manicure para comprar os ingredientes e preparar os caldinhos. De tão saborosos, logo conquistaram uma clientela fiel.

Quando a barraca completou seis meses de funcionamento, ela pôde deixar de trabalhar como manicure e passou a se dedicar integralmente ao seu negócio. Com mais tempo disponível, ela passou a ir além dos caldinhos de feijão e começou a preparar pratos populares que impulsionaram a empresa, como feijoada de frutos do mar, angu à baiana, dobradinha e outras iguarias deliciosas que valorizam a memória afetiva e cultural. 

Bárbara também conta que investiu em um bar e que firmou sociedade com outro empreendimento, porém a parceria não durou muito. Ela também montou um serviço de delivery para atender festas e eventos, além de fazer parte dos bares e restaurantes que estão presentes na quadra da Escola de Samba Salgueiro — sem contar que hoje a barraca serve também o camarote da presidência da escola. 

Atenta à crise econômica causada pela pandemia de covid-19, a empreendedora soube se adaptar ao momento e enxergou uma oportunidade: criou outro serviço de delivery para entregar os pratos em casa.

O Sebrae surgiu na trajetória da Bárbara em 2009. Nessa época, ela participou de programas como o SEI (Sebrae Microempreendedor Individual), considerado por ela como fundamental para estruturar o negócio e precificar os pratos comercializados. O relacionamento com o Sebrae, que Bárbara considera como um paizão, segue firme e forte, tanto que ela já foi convidada a participar como palestrante da Feira do Empreendedor.

O Sebrae me convidou para uma seleção de capacitação para grandes eventos. Quase 200 pessoas, foram três etapas e, quando eu fui dar por mim, olha eu lá no Rock in Rio!

A história de Bárbara é um prato cheio para todas as pessoas se inspirarem. Mesmo com o crescimento, sua essência não mudou. É ela que ainda prepara os pratos ao lado de colaboradores. Suas filhas, já adultas, dão todo o apoio em algumas atividades da empresa, como marketing e finanças. 

Cheia de metas para o futuro, Bárbara tem a expectativa de seguir com a barraca, o serviço de buffet e pretende estruturar a cozinha para criar um serviço de feijão congelado, o Feijão da Nêga. 

A empreendedora também vai continuar investindo em ações sociais para ajudar pessoas em situação de rua, apostar cada vez mais na carreira de palestrante e criar materiais digitais para ajudar pessoas a empreender, principalmente mulheres.

“Nos próximos 50 anos eu vou ter um monte de nêga espalhada por aí, deixando o meu legado, a minha cultura, minha história e tudo que eu aprendi”, finaliza.

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