Escola do Mecânico
Cultura Empreendedora Campinas / SPA empresária começou a trabalhar no setor automobilístico aos 14 anos. Mais tarde, ao gerenciar uma rede de oficinas e ministrar cursos para adolescentes, percebeu que havia demanda para o ensino de mecânica e lançou sua escola, que se expandiu.
Veja a história da SandraAs ferramentas do Sebrae são de extrema importância, em especial o planejamento financeiro. Todo empreendedor deveria acessá-las antes de começar a empreender.
Aos 14 anos, ainda como menor aprendiz, Sandra Nalli começou a trabalhar no setor automotivo como mecânica. Em 2010, ela gerenciava uma rede de oficinas quando constatou a dificuldade para contratar profissionais qualificados.
Ao mesmo tempo, realizava um trabalho social na Fundação Casa, ministrando palestras e minicursos de mecânica básica para os jovens infratores. Foi então que teve a ideia de montar um espaço físico onde pudesse continuar qualificando os adolescentes, para que, após o processo socioeducativo, eles fossem inseridos no mercado de trabalho.
Nessa época, pedi para alguém grafitar Escola do Mecânico na parede e aí, para a minha surpresa, começaram a aparecer pessoas interessadas em fazer o curso. Então vi uma oportunidade de negócio.
Imediatamente, procurou o Sebrae e fez um curso para elaborar o plano de negócio da escola e verificar a viabilidade financeira do empreendimento. Finalizada essa etapa, inaugurou oficialmente a Escola do Mecânico.
“Tenho um plano de negócios infalível e imprescindível. A parte processual, os padrões, a estruturação de todos os serviços que a gente presta, nos procedimentos internos a gente o utiliza muito. Então, todos os controles financeiros que aprendemos no Sebrae, a gente usa até hoje e replica para os demais.”
Após a inauguração, a empresária lançou o Emprega Mecânico, com o objetivo de capacitar jovens e incluí-los no mercado de trabalho. Sandra diz que, após a expansão do negócio, esse é ainda o principal projeto da empresa.
Entre 2015 e 2016, a empreendedora também participou do projeto ALI (Agentes Locais de Inovação) do Sebrae e começou a expandir o negócio no modelo de franquias.
Hoje nós somos 35 escolas espalhadas pelo Brasil, em sete estados diferentes. Ao todo, a gente emprega mais de 400 pessoas, de forma direta e indireta.
Sandra destaca que lidar com a pandemia de Covid-19 foi um desafio. As escolas foram fechadas em março e só reabertas em agosto, o que gerou queda no faturamento. Mas o período também serviu para a busca por inovação. “A gente conseguiu desenvolver os treinamentos semipresenciais, que é uma modalidade que não tínhamos, passamos a ministrar aulas online. Após a reabertura, os alunos vêm para fazer as aulas práticas.”
Como em agosto de 2019 a empresária lançou o projeto Escola do Funileiro, ela está focada agora em adaptar esse modelo de negócios para expandi-lo a partir de 2021. "Hoje cabem no Brasil 219 escolas em 158 municípios diferentes. A gente quer seguir esse plano de expansão pelos próximos cinco anos."