Sushi Max
Economia & Política Campo Mourão / PRNo Sebrae, ele encontrou apoio para organizar as finanças, tirar o negócio do vermelho e retomar o crescimento da empresa.
O Sebrae está sempre atualizado com o mercado e buscando novas tendências. O empreendedor também não pode se acomodar e ficar estagnado no que aprendeu inicialmente.
Aos 17 anos, como garçom em Balneário Camboriú (SC), Maxswell Batista Lopes conseguiu seu primeiro emprego na noite, naquele ambiente de bares e restaurantes que logo lhe seria tão familiar. Quando voltou para sua cidade natal, Campo Mourão (PR), fez um curso de barman, profissão que exerceu por oito anos.
Do balcão, ele passou para a cozinha, especializando-se em comida mexicana. Mas o que ele realmente queria era aprender a trabalhar com a culinária oriental. Por isso, topou ir para São Paulo (SP) para comandar a cozinha de um restaurante japonês. A experiência rendeu mais do que ele imaginava. No restaurante, aprendeu na prática tanto o preparo dos pratos quanto algumas noções sobre gestão e logística, assim tomando gosto pelo empreendedorismo.
Fiquei três anos em São Paulo e voltei a Campo Mourão para abrir meu negócio. Mas com a grana que eu tinha do acerto, tive de pagar outras coisas, então comecei o negócio do zero, na cozinha da minha casa. Tinha R$ 200 reais e comprei os primeiros insumos.
Assim, apenas com delivery, abriu em 2019 a Sushi Max. Sem capital de giro, o empreendedor lembra que não conseguia organizar as finanças da empresa. “Trabalhava assim: vendia hoje e comprava o estoque no outro dia”.
“A solução para o problema naquela época era sair do vermelho e ir subindo de degrau em degrau. Recalculamos custos e conseguimos antever alguns obstáculos. Quando eu os encontrei de fato, já estava preparado.”
O empresário diz que, seis meses depois, já havia saído do vermelho. Também conseguiu juntar um dinheiro, que usou para mudar o negócio da casa de sua mãe para um ponto físico com mesas para receber os clientes, inaugurado no início de março de 2020, dias antes da chegada da pandemia de coronavírus ao Brasil.
Apesar de recém-inaugurado, teve de fechar as portas e entrou no vermelho de novo. Mas não desistiu, procurou o Sebrae novamente e estabeleceu um plano para enfrentar a crise. Começou dispensando funcionários e cortando gastos.
Aí, eu consegui voltar para o azul e o negócio deslanchou. Passei a vender 100 vezes mais do que vendia antes da pandemia, surfei na maré do delivery e aproveitei ao máximo para o crescimento da empresa. Hoje não preciso mais trabalhar com ponto físico.
Agora, Max está focado em seguir crescendo para, em um futuro mais próximo, quando a situação da pandemia melhorar, voltar a abrir as portas do negócio aos clientes. Num futuro um pouco mais distante, planeja abrir outras unidades em cidades próximas, apenas com delivery, com a mesma dinâmica de sua empresa hoje.