Proesc.com
Inovação & Tecnologia Macapá / AP
O empresário ainda era estudante quando resolveu empreender. O começo foi difícil, mas, com o apoio do Sebrae, a empresa conseguiu captar recursos, consolidou-se e cresceu. Hoje, o software educacional já é utilizado por instituições públicas e privadas dentro e fora do
Tecnologia e educaçãoMinha empresa só chegou aonde está graças ao apoio que eu recebi do Sebrae desde o início.
Aos 18 anos de idade, Felipe Ferreira ainda cursava a faculdade de Sistemas da Informação em Macapá (AP) quando se juntou a dois sócios para abrir sua primeira empresa: a Proesc, um sistema online para a gestão de escolas e cursos. O negócio surgiu para suprir a demanda de um dos sócios, que era professora e precisava organizar manualmente todos os processos pedagógicos, como horários de aula, lançamento de notas e controle de presença.
Desde o início, a empresa contou com o apoio da universidade e do Sebrae, por meio de um programa de incubadoras. Ainda assim, Felipe lembra que esse período inicial não foi nada fácil.

A gente começou do zero e não tinha recursos. Recebemos uma sala para trabalhar na incubadora, e meu computador era o que eu usava na faculdade. Como saí do emprego que eu tinha para me dedicar exclusivamente à Proesc, durante um tempo um dos meus sócios me deu um valor mensal para eu pagar minhas principais despesas.
A escola do sócio foi o primeiro cliente. Em seguida, negociaram outras, e assim a clientela foi aumentando.
Fellipe recorda que o Sebrae foi muito importante para a consolidação da empresa. Apesar de ser uma área muito nova, ele diz que os consultores sempre se esforçavam para estar atualizados e poder ajudar a empresa. A parceria possibilitou que a startup a ganhasse captações de recursos tanto da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, quanto do próprio edital do Sebrae de Inovação.
Nós participamos de algumas mentorias, utilizamos serviços do Sebraetec para reformular a nossa tecnologia e nosso marketing para dar esse boom e escalar o nosso negócio para todo o Brasil.
Em 2011, a empresa foi contratada para implantar o sistema Proesc em todas as escolas do Amapá. O negócio passou a trabalhar com clientes grandes, tendo um valor mais alto de receita. Mas, após um tempo nesse mercado, os sócios decidiram dar uma guinada.

Resolvemos focar no mercado privado, com uma receita menor, mas com mais. Foi assim que criamos o projeto que temos hoje, que é o Proesc.com, uma startup voltada para levar tecnologia para o mercado educacional.
O sistema ajuda as escolas a fazer a gestão fora do ambiente físico, sendo totalmente online tanto na parte financeira quanto na parte pedagógica. Com a chegada da pandemia, a empresa se preocupou em manter os clientes atuais, entendendo quais eram suas maiores necessidades nesse momento. A maior demanda era um ambiente online para aulas à distância e comunicação entre professores e alunos. Então aperfeiçoaram o produto e começaram a fazer lives, focando em apresentar as vantagens do sistema. A estratégia deu certo, e ganharam diversos novos clientes.
Hoje, a empresa tem 54 funcionários, com clientes em oito países, além do Brasil, com planos de expansão ainda maior. Felipe diz que há bastante interesse de clientes pela plataforma e que grandes empresas estão os procurando para investir no Proesc.com. A meta, segundo o empresário, é tornar o software um campeão de adesões, sendo mais usado em todo o país.